segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Grécia e os aposentados brasileiros

O pequeno país com cerca de 11 milhões de habitantes gastou mais do que podia na última década, pediu empréstimos pesados e deixou sua economia refém da crescente dívida. Os gastos públicos foram às alturas e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres públicos ficavam vazios a receita era atingida pela alta evasão de impostos, prática generalizada no país.
Alguém já ouviu história parecida?
E qual a proposta governamental grega? reduzir deficit para 8,7% em 2010, e para menos de 3% até 2012. E para chegar a esse ponto o Parlamento grego aprovou um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros que inclui, claro, congelar os salários do setor público e aumentar os impostos, e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.
Calma, o presente de grego fica ainda maior. O governo ainda pretende aumentar a idade para a aposentadoria em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado.
Soou conhecida essa medida?
Aqui já tivemos ambiente semelhante ao grego e não faz tanto tempo assim. Talvez por isso mesmo o presidente Lula tenha ficado tão interessado em ajudar a Grécia.
Tomara que os gregos aceitem a colaboração parcialmente, já que nossos aposentados continuam sendo vítimas de mudanças constantes nas regras previdenciárias, sempre com a desculpe de que o INSS está falido.
Não por causa dos benefícios, óbvio. É mais provável que por culpa dos grandes devedores que NUNCA são cobrados já que constroem pontes e estradas, contratam para as colheitas e produzem vários produtos exportados. Responsabilidade também dos administradores públicos que não se preocupavam em controlar os registros de trabalhadores, os pedidos de aposentadorias e o pagamento desses benefícios.
Tem muito médico do INSS atestando incapacidade sem necessidade e deixando para trabalhar quem não vai mais conseguir emprego por ter se tornado deficiente.
Organização, planejamento e fiscalização continuam não sendo prioridades nos diferentes níveis do poder público.
E, por isso, os aposentados sofrem com reajustes mínimos em suas aposentadorias.
Tome cuidado. Você ainda será um deles!

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