quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma casa que é história!

Tem dias que parecem feitos para atender a Lei de Murph.
Nada anda na velocidade que desejamos.
Parece que o idioma que estamos usando é de Marte!
Até a balança dá um resultado absurdo! (rsss)
Mas, nada que é ruim dura para sempre. E, de repente, esse sujeito, o tal de Murph, cai e quebra a perna e deixa a gente em paz.
Começam então, os bons acontecimentos.
Foi assim, nesse dia 30 de julho.
No final da tarde, ao buscar meu filho na casa da avó da Vivi...tudo mudou.
Aquela casa, na esquina da Igreja São Benedito, admirada desde a minha infância, deixou de ser desejo, apenas.
Pude entrar, conhecer seus cômodos principais, seu jardim cuidadosamente arrumado e a moradora. sra. Virgínia.
Se por fora a casa me remetia aos romances e às histórias maravilhosas que já lí, perdi o fôlego ao conhecê la por dentro.
Pinturas nas paredes, forro indescritivelmente adornado, piso lindo, móveis e peças de decoração de gosto requintado.
Ao conhecer e abraçar a sra. Virgínia e lhe dizer o quanto eu admirei sua casa, fique até emocionada.
Lembrei da meu avô, que durante anos fez também pinturas em paredes de casas de Sta. Rosa de Viterbo/SP. Barrados de flores no alto das paredes de salas, varandas... À mão. Flor por flor.
Lembrei de minha avô, que contava essa história com o orgulho de quem teve um marido esforçado, trabalhador, dedicado.
Lembrei de minha mãe, que admirava os pais e amava a história. Ela também tinha a casa da sra. Virgínia como um desejo. Eu o realizei.
Lembrei de meu pai, que ficaria feliz em ver algo tão bonito, tão preservado, tão cuidado.
E, por fim, fiz fotos para minha tia Lelena. Artista plástica que teve a rara oportunidade de restaurar uma das pinturas, um dos afrescos feitos pelo próprio pai!
A sra. Virgínia, a Rose, aquelas meninas e meus filhos não me viram chorar. Não sabem ainda o nível de emoção que me proporcionaram.
Se choro agora, é de alegria. De saudade também!
A casa linda, resultado de trabalho artístico cuidadoso é agora, preservada com amor para que possamos sempre lembrar dos que vieram antes de nós.
Por fim, meu presente foi premiado com o sorrifo feliz da dona da casa.
Cabelos brancos pela vida vivida.
Olhos brilhantes de quem é feliz.
Tomara que, um dia, ela saiba como me deixou feliz também.
Ainda bem que Murph quebrou a perna!!!

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