sábado, 16 de janeiro de 2010

Não é ter direito ao aborto!

De tempos em tempos o assunto volta: legalização do aborto.
“A mulher é dona do seu corpo. Tem o direito de decidir se quer ou não ser mãe e quando”.
Mentira.
Nossos direitos não são a questão.
O que importa aos defensores da legalização do aborto é Dinheiro.
Se não temos médicos em número suficiente nas Unidades Básica de Saúde, já que nelas eles ganham 1/3 do que podem ganhar em consultórios particulares, como teremos para realizar abortos?
Muitos dos que atuam não têm tempo, conhecimento, nem interesse em dar as orientações necessárias para a prevenção de doenças como sífilis, gonorréia, candidíase, alguém acreditam que vão orientar sobre os cuidados pós aborto?
Quero meu direito de ir ao consultório médico, público ou particular, e ser atendida pacientemente. Quero ouvir as orientações necessárias para evitar doenças contagiosas tão antigas quanto à atividade sexual.
Prometeram camisinhas em todas as unidades de saúde, mas elas são raras.
Garantem existir distribuição de DIUs, anti concepcionais e outros métodos para controle de natalidade, mas nem eles nem a orientações profissionais são fáceis de achar.
Porque não estamos discutindo orientação sexual nas escolas???
Alguém aí acredita ser mais fácil debater aula ou procedimento cirúrgico?
Imaginem quantas clínicas serão construídas para que as mulheres brasileiras possam abortar!
Quem vai fiscalizar?
Os mesmos organismos que fiscalizavam as clínicas que fazem lipoaspiração sem condições de higiene e com profissionais não habilitados.
Quem duvida?
Antes de me garantirem o direito ao aborto quero meus direitos de ser tratada com dignidade quando vou denunciar assédio sexual, violência doméstica ou vou à delegacia contar que meu marido falsificou minha assinatura num talão de cheques.
Exijo meu direito a tratamento profissional igual ao que recebem os homens e salário também. Somos todos competentes e inteligentes.
Quero que me tirem dos ombros a responsabilidade exclusiva pela educação dos filhos e da doação de amor e carinhos a quem dei a luz com o consentimento do parceiro.
Quero poder exigir a camisinha para evitar gravidez, AIDS, e todas as outras doenças sexualmente transmissíveis.
Quem vai usar preservativo se o aborto for permitido?
Não se iludam. Legalizar o aborto não tem NADA a ver com direitos feministas.
São homens fazendo leis, discutindo sua aplicação e passando a falsa idéia de que querem nos ajudar.
Para mim temos muito, muito o que discutir sobre orientação, que tem a ver com educação. E isso, para quem está no poder, não interessa.

Stela Martins

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